
Njinga a Princesa Missionária de Matamba, em Angola.
Njinga era uma rainha missionária. Quando recebeu o evangelho em seu coração fez questão que toda a sua tribo a seguisse.
Esta mentalidade não encaixa na cultura ocidental de um evangelho pessoal, onde as decisões também as são. O presidente ou o primeiro ministro do mundo ocidental são eleitos em nome do povo para todo o povo, assim como os Governadores ou Prefeitos são eleitos pelos votos da maioria.
Mentalidade inversa ao que encontramos nas tribos, onde as tarefas são divididas em grupo, e todos sabem qual é o seu papel como indivíduo e no seio da sociedade, os homens vão a caça ou a pesca e as mulheres à lavra (roça). E quando vão matar o leão todos matam em conjunto com várias flechadas.
Aprendi que no ocidente as pessoas vivem pelo tempo ao passo que no oriente as pessoas vivem em torno dos eventos.
Tenho uma tia que era espetacular nunca avisava que ia chegar, chegando com seus dois filhos, um casal, ficava um dia, uma semana, um mês enfim, deixava os seus filhos ia embora sem avisar também, depois de um tempo considerável voltava pegava os seus filhos iam embora. Lembro que nunca nos aborrecemos com tais situações, para nós era natural, mamãe nunca se aborrecia com aquela situação na realidade só achei que era diferente quando cheguei aqui no ocidente.
Temos muito a agradecer aos missionários ocidentais, principalmente aqueles motivados por William Carey, considerado o pai das missões modernas, que segundo alguns missiólogos eles tinham bem menos informações sobre missões que nós hoje, uma boa parte de nossa missiologia é fundamentada nos estudos que eles concluíram, ou em alguma gafe que eles cometeram, tanto é que a fenomenologia da religião é uma matéria recente. Mesmo assim eles não pouparam esforços, foram avante e triunfantes como Charles Studd e foram capazes de morrer por esta nobre causa como o já dito David Livenstone.
Fundaram escolas de educação religiosa como no Kessua em Malanje, província de Angola, ensinavam musicas, canto, danças para jovens de todo país. A tradução da Bíblia para muitos idioma angolanos foram feitos por estes missionários, havia idioma que nem escrita tinha, eles fizeram um dicionário, gramática e um hinário para o povo adorar a Deus em seu idioma.
Pode-se citar o caso do missionário Héli Chatelain, nascido na Suíça em 1859, chegou a Angola com 26 anos. Pastor protestante, integrava as Missões Independentes em África, do bispo norte-americano William Taylor, sendo seu trabalho aprender as línguas a ensinar aos missionários e preparar gramáticas, vocabulários, e outros livros necessários ao seu ofício. Na verdade para além da volumosa coleção de contos quimbundos, Chatelain publicou uma gramática e ainda um livro de introdução à cultura lingüística angolana. No campo religioso, chamou a si o encargo de verter para quimbundo os Evangelho de São João e de São Lucas. Veio a falecer na sua pátria em 1908, (Viale Moutinho. 2000).
Eu particularmente sou muito grato a Deus pela vida desses missionários, mamãe estudou no Kessua, com isso ela teve um grande contato com esses missionários, nós ganhamos, nascemos em um lar cristão e aprendemos a orar e ler a Bíblia. Mamãe dizia que se cantava na Luanda daquela época “Meninas, Rapazes e Moças de Luanda iremos ao Kessua aprender canções, não é só canções que se aprende lá devido à simpatia”.
Os jovens atendiam este chamado e uma geração era forjada nos caminhos do senhor, tanto é que os dois maiores protagonistas da guerra em Angola, são filhos de pastor e pregador Evangélicos.
A Rainha Njinga procedeu como era de costume em sua tribo, em que os súditos tinham que obrigatoriamente seguir os ideais da rainha, para eles seria inconcebível cada um ter idéias próprias, seguir seu próprio caminho. Atitudes como estas eram tachadas de rebeldia, e o rebelde geralmente era afastado da tribo condenado a viver desolado e isolado.
Em uma tribo como de Njinga ninguém poderia ter a sua própria religião ou seguir o seu caminho solitariamente seria um simples convite a sair do programa cultural, haja vista que os membros da cultura tinham que se manter sempre unidos coligados para se fortalecerem quando fossem atacados em guerras tribais.
Alguns missionários do ocidente tiveram muitas dificuldades para alcançar estas tribos. Primeiramente adquiriam um guia que era geralmente pago por presentes às vezes irrisórios, o fato destas pessoas receberem tais presentes produzia desconfiança da tribo, normalmente estes guias eram pessoas não benquistas pela tribo, eram pessoas apaixonadas pelo ocidente, que buscavam um caminho diferente.
O missionário andando com uma pessoa tão desagradável pela tribo trazia uma rejeição subjetiva da parte dos nativos. Meu professor de contextualização sempre dizia que quando chegava em uma tribo procurava o Soba, líder da tribo, e o pai espiritual dela (o feiticeiro), com isto ele conseguia a aceitação da liderança local.
Estes nativos sentiam-se respeitados e reconhecidos por um ocidental, portanto não se recusavam em começar um dialogo com o intruso. Assim as portas eram abertas para a pregação da palavra de Deus.
Creio que assim procederam aos missionários que evangelizaram a rainha Njinga, reconheceram a sua majestade pediram permissão para entrar em seu território, com tão bela atitude conquistaram para Deus o coração e a tribo desta nobre rainha.
Stephen Neill (1997. 201,202) declara que,
Em quase todos os casos a história foi sempre a mesma. Um ou outro chefe local mostrava interesse pela igreja ou era mesmo batizado. Mas quando um dos chefes se tornava cristão, era quase certo que o seu sucessor seria um pagão acérrimo, e que as tendências cristãs do primeiro seriam neutralizadas pelo vigor anticristão do segundo. Sabemos assim da conversão em 1655 de uma princesa de Matamba, em Angola, Chamada Njinga. O desejo da princesa de trazer o seu povo à fé cristã provocou uma profunda nos potentados vizinhos. Em 1633, Njinga escreveu... pedindo que lhe enviassem mais missionários. Mas poucos anos depois morria e nada mais se ouviu acerca do seu movimento prometedor.
Njinga, batizada em 1622, fora depois relapsa e pertencera à seita canibal dos jaggas. Como resultado do seu arrependimento posterior, trinta anos mais tarde, 8000 pessoas tornaram-se cristãs entre 1655 e 1663.
Kwsediwa
Njinga era uma rainha missionária. Quando recebeu o evangelho em seu coração fez questão que toda a sua tribo a seguisse.
Esta mentalidade não encaixa na cultura ocidental de um evangelho pessoal, onde as decisões também as são. O presidente ou o primeiro ministro do mundo ocidental são eleitos em nome do povo para todo o povo, assim como os Governadores ou Prefeitos são eleitos pelos votos da maioria.
Mentalidade inversa ao que encontramos nas tribos, onde as tarefas são divididas em grupo, e todos sabem qual é o seu papel como indivíduo e no seio da sociedade, os homens vão a caça ou a pesca e as mulheres à lavra (roça). E quando vão matar o leão todos matam em conjunto com várias flechadas.
Aprendi que no ocidente as pessoas vivem pelo tempo ao passo que no oriente as pessoas vivem em torno dos eventos.
Tenho uma tia que era espetacular nunca avisava que ia chegar, chegando com seus dois filhos, um casal, ficava um dia, uma semana, um mês enfim, deixava os seus filhos ia embora sem avisar também, depois de um tempo considerável voltava pegava os seus filhos iam embora. Lembro que nunca nos aborrecemos com tais situações, para nós era natural, mamãe nunca se aborrecia com aquela situação na realidade só achei que era diferente quando cheguei aqui no ocidente.
Temos muito a agradecer aos missionários ocidentais, principalmente aqueles motivados por William Carey, considerado o pai das missões modernas, que segundo alguns missiólogos eles tinham bem menos informações sobre missões que nós hoje, uma boa parte de nossa missiologia é fundamentada nos estudos que eles concluíram, ou em alguma gafe que eles cometeram, tanto é que a fenomenologia da religião é uma matéria recente. Mesmo assim eles não pouparam esforços, foram avante e triunfantes como Charles Studd e foram capazes de morrer por esta nobre causa como o já dito David Livenstone.
Fundaram escolas de educação religiosa como no Kessua em Malanje, província de Angola, ensinavam musicas, canto, danças para jovens de todo país. A tradução da Bíblia para muitos idioma angolanos foram feitos por estes missionários, havia idioma que nem escrita tinha, eles fizeram um dicionário, gramática e um hinário para o povo adorar a Deus em seu idioma.
Pode-se citar o caso do missionário Héli Chatelain, nascido na Suíça em 1859, chegou a Angola com 26 anos. Pastor protestante, integrava as Missões Independentes em África, do bispo norte-americano William Taylor, sendo seu trabalho aprender as línguas a ensinar aos missionários e preparar gramáticas, vocabulários, e outros livros necessários ao seu ofício. Na verdade para além da volumosa coleção de contos quimbundos, Chatelain publicou uma gramática e ainda um livro de introdução à cultura lingüística angolana. No campo religioso, chamou a si o encargo de verter para quimbundo os Evangelho de São João e de São Lucas. Veio a falecer na sua pátria em 1908, (Viale Moutinho. 2000).
Eu particularmente sou muito grato a Deus pela vida desses missionários, mamãe estudou no Kessua, com isso ela teve um grande contato com esses missionários, nós ganhamos, nascemos em um lar cristão e aprendemos a orar e ler a Bíblia. Mamãe dizia que se cantava na Luanda daquela época “Meninas, Rapazes e Moças de Luanda iremos ao Kessua aprender canções, não é só canções que se aprende lá devido à simpatia”.
Os jovens atendiam este chamado e uma geração era forjada nos caminhos do senhor, tanto é que os dois maiores protagonistas da guerra em Angola, são filhos de pastor e pregador Evangélicos.
A Rainha Njinga procedeu como era de costume em sua tribo, em que os súditos tinham que obrigatoriamente seguir os ideais da rainha, para eles seria inconcebível cada um ter idéias próprias, seguir seu próprio caminho. Atitudes como estas eram tachadas de rebeldia, e o rebelde geralmente era afastado da tribo condenado a viver desolado e isolado.
Em uma tribo como de Njinga ninguém poderia ter a sua própria religião ou seguir o seu caminho solitariamente seria um simples convite a sair do programa cultural, haja vista que os membros da cultura tinham que se manter sempre unidos coligados para se fortalecerem quando fossem atacados em guerras tribais.
Alguns missionários do ocidente tiveram muitas dificuldades para alcançar estas tribos. Primeiramente adquiriam um guia que era geralmente pago por presentes às vezes irrisórios, o fato destas pessoas receberem tais presentes produzia desconfiança da tribo, normalmente estes guias eram pessoas não benquistas pela tribo, eram pessoas apaixonadas pelo ocidente, que buscavam um caminho diferente.
O missionário andando com uma pessoa tão desagradável pela tribo trazia uma rejeição subjetiva da parte dos nativos. Meu professor de contextualização sempre dizia que quando chegava em uma tribo procurava o Soba, líder da tribo, e o pai espiritual dela (o feiticeiro), com isto ele conseguia a aceitação da liderança local.
Estes nativos sentiam-se respeitados e reconhecidos por um ocidental, portanto não se recusavam em começar um dialogo com o intruso. Assim as portas eram abertas para a pregação da palavra de Deus.
Creio que assim procederam aos missionários que evangelizaram a rainha Njinga, reconheceram a sua majestade pediram permissão para entrar em seu território, com tão bela atitude conquistaram para Deus o coração e a tribo desta nobre rainha.
Stephen Neill (1997. 201,202) declara que,
Em quase todos os casos a história foi sempre a mesma. Um ou outro chefe local mostrava interesse pela igreja ou era mesmo batizado. Mas quando um dos chefes se tornava cristão, era quase certo que o seu sucessor seria um pagão acérrimo, e que as tendências cristãs do primeiro seriam neutralizadas pelo vigor anticristão do segundo. Sabemos assim da conversão em 1655 de uma princesa de Matamba, em Angola, Chamada Njinga. O desejo da princesa de trazer o seu povo à fé cristã provocou uma profunda nos potentados vizinhos. Em 1633, Njinga escreveu... pedindo que lhe enviassem mais missionários. Mas poucos anos depois morria e nada mais se ouviu acerca do seu movimento prometedor.
Njinga, batizada em 1622, fora depois relapsa e pertencera à seita canibal dos jaggas. Como resultado do seu arrependimento posterior, trinta anos mais tarde, 8000 pessoas tornaram-se cristãs entre 1655 e 1663.
Kwsediwa
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