
Lueji, princesa Angolana.
Sempre gostei de Lueji, gostava de ler decorando a história da princesa Lunda na literatura angolana da 5a e 6a Classes. “Na tacula sangrenta do seu tálamo real, leito que deu agasalho a muitos amores vadios”.
Lueji era uma princesa angolana, filha e neta de reis que se apaixona por um caçador de uma tribo inimiga, abre mão de seu reinado e seus status sociais para viver um amor proibido.
Como na cultura Lunda, muitas outras culturas angolanas, conservam o tribalismo, proíbem o casamento com membros de outras culturas e fundamentam o levirato, para que assim a viúva tenha alguém para a cuidar, como em Israel em dias de Rute isto é o que chamamos preservação cultural.
Para diversas culturas africanas a mulher depois de casada não tinha muitas chances de casar novamente, principalmente com alguém que nunca tinha se casado.
A cultura ocidental jamais entendeu isso, os conceitos básicos culturais não penetram na cabeça de um ocidental nem adentra em seu coração ou entendimento.
O missionário ocidental tem muitas dificuldades em entender que Lueji não poderia se casar nem viver um romance com o forasteiro caçador que conheceu quando ia ao riacho.
Com isso houve algumas interferências dos missionários no que tange a cultura africana expressando que o amor estava à cima da cultura, trazendo uma mentalidade essencialmente ocidental.
Certo missionário ocidental e sua família em Angola foram convidados a almoçar, como é de costume em algumas igrejinhas do interior fazer um grande almoço para oferecer aos missionários. O visitante reparou na simplicidade do ambiente e das pessoas rejeitou a comida e insistiu a seus filhos a fazer o mesmo.
Por um longo período aquelas pessoas acreditaram que os missionários estrangeiros não gostavam deles, pois para eles a rejeição de sua comida era como se tivessem rejeitando a eles mesmo, haja vista que em sua mentalidade a solidificação de uma comunhão residia no partir do pão juntos.
Esta atitude fez que se fechassem as portas para muitos missionários ocidentais por muitos anos, até o dia que chegou um novo missionário que procurou se aculturar, mesmo que ninguém lhe oferecesse comida (com receio de uma nova rejeição) o missionário procurou comer com eles, esta atitude tão bonita, fez quebrar a cortina de ferro, então aqueles indivíduos entenderam que também havia missionários que gostavam deles.
Quantas luejis devem existir em lugares remotos na África, que amam e se apaixonam por pessoas de outras culturas, a pesar do ser humano ganhar características culturais o coração se apresenta sempre como sendo supracultural.
O coração não tem cultura, os olhos e a alma se enlaçam por uma paixão, se envolve em traços de rosto bonito, um sorriso encantador ou em um conjunto de palavras cativantes.
Lueji ousou, desafiou a sua cultura, anciões, e fugiu com o jovem forasteiro, foi viver um amor, o seu amor, o que foi catalogado por amor vadio, sem eira nem beira, a história omiti o final da vida de Lueji, mas apresenta claramente a decisão de uma moça que enfrenta a oposição de seu pai e avós. Quantas e quantas donzelas como ela submeteram-se aos amores preestabelecidos pelos seus pais e parentes, conseguiram se adaptar aquela circunstâncias (o casamento) e se tornaram também vitoriosas.
Alguém escreveu que, “o coração tem razão que a própria razão desconhece”.
Kwzediwa.
Sempre gostei de Lueji, gostava de ler decorando a história da princesa Lunda na literatura angolana da 5a e 6a Classes. “Na tacula sangrenta do seu tálamo real, leito que deu agasalho a muitos amores vadios”.
Lueji era uma princesa angolana, filha e neta de reis que se apaixona por um caçador de uma tribo inimiga, abre mão de seu reinado e seus status sociais para viver um amor proibido.
Como na cultura Lunda, muitas outras culturas angolanas, conservam o tribalismo, proíbem o casamento com membros de outras culturas e fundamentam o levirato, para que assim a viúva tenha alguém para a cuidar, como em Israel em dias de Rute isto é o que chamamos preservação cultural.
Para diversas culturas africanas a mulher depois de casada não tinha muitas chances de casar novamente, principalmente com alguém que nunca tinha se casado.
A cultura ocidental jamais entendeu isso, os conceitos básicos culturais não penetram na cabeça de um ocidental nem adentra em seu coração ou entendimento.
O missionário ocidental tem muitas dificuldades em entender que Lueji não poderia se casar nem viver um romance com o forasteiro caçador que conheceu quando ia ao riacho.
Com isso houve algumas interferências dos missionários no que tange a cultura africana expressando que o amor estava à cima da cultura, trazendo uma mentalidade essencialmente ocidental.
Certo missionário ocidental e sua família em Angola foram convidados a almoçar, como é de costume em algumas igrejinhas do interior fazer um grande almoço para oferecer aos missionários. O visitante reparou na simplicidade do ambiente e das pessoas rejeitou a comida e insistiu a seus filhos a fazer o mesmo.
Por um longo período aquelas pessoas acreditaram que os missionários estrangeiros não gostavam deles, pois para eles a rejeição de sua comida era como se tivessem rejeitando a eles mesmo, haja vista que em sua mentalidade a solidificação de uma comunhão residia no partir do pão juntos.
Esta atitude fez que se fechassem as portas para muitos missionários ocidentais por muitos anos, até o dia que chegou um novo missionário que procurou se aculturar, mesmo que ninguém lhe oferecesse comida (com receio de uma nova rejeição) o missionário procurou comer com eles, esta atitude tão bonita, fez quebrar a cortina de ferro, então aqueles indivíduos entenderam que também havia missionários que gostavam deles.
Quantas luejis devem existir em lugares remotos na África, que amam e se apaixonam por pessoas de outras culturas, a pesar do ser humano ganhar características culturais o coração se apresenta sempre como sendo supracultural.
O coração não tem cultura, os olhos e a alma se enlaçam por uma paixão, se envolve em traços de rosto bonito, um sorriso encantador ou em um conjunto de palavras cativantes.
Lueji ousou, desafiou a sua cultura, anciões, e fugiu com o jovem forasteiro, foi viver um amor, o seu amor, o que foi catalogado por amor vadio, sem eira nem beira, a história omiti o final da vida de Lueji, mas apresenta claramente a decisão de uma moça que enfrenta a oposição de seu pai e avós. Quantas e quantas donzelas como ela submeteram-se aos amores preestabelecidos pelos seus pais e parentes, conseguiram se adaptar aquela circunstâncias (o casamento) e se tornaram também vitoriosas.
Alguém escreveu que, “o coração tem razão que a própria razão desconhece”.
Kwzediwa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário