domingo, 29 de março de 2009


Conhecendo Angola, dois.

República de Angola é o nome oficial deste país, Luanda a sua capital, o idioma oficial é o português e as principais línguas regionais são: quimbundo, umbundo, quicongo, ovimbundo, bacongo.

A religião em Angola é caracterizada da seguinte forma: cristianismo 70,1% (católico e protestantes), religiões tribais 29,9% (1995).

A moeda usada neste país é o kwanzas

Angola encontra-se situada no sudoeste do continente africano, praticamente 60% do território dessa nação é formado por um planalto coberto de savanas. O país é um dos mais ricos do mundo. Apenas 16% dos angolanos têm acesso a saneamento básico a expectativa de vida gira em torno dos 46 anos de idade; e o analfabetismo atinge 58% da população. Aproximadamente 80% da economia do país é informal e prevalece o comércio de rua.

A superfície terrestre de Angola é de 1.246.700 Km², estimava-se em 1998 uma população de 12 milhões de habitantes, número aproximado haja vista que o território angolano por ser muito minado existe muita dificuldade para a livre circulação de pessoas e bens, existem inúmeros lugares que a guerra não penetrou em Angola, muito menos a SIDA, ou Aids. Estas regiões se encontrar principalmente nos desertos e o tráfego em lugares como estes é precário.

Angola é composto por vários grupos étnicos: autóctone 99% (ovimbundus 37%, umbundu 25%, congos 13%, luimbés 5%, imbés nianecas 5%, outros 14%), europeus ibéricos 1% (1996).

As principais cidades angolanas são Luanda (2.081.000), (1988); Huambo (203.000), Benguela (155.000), Lobito (150.000) (1983); Lubango (105.000) (1984).

O sistema de governo é presidencialista. E o país é dividido em 18 províncias, o chefe de Estado e de governo é José Eduardo dos Santos, membro do Movimento Popular para Liberdade (MPLA), desde 1979, (seria bom vc explicar como foi a eleição. Eleições diretas??)eleito em 1992. Os dois principais partidos são o MPLA e União Nacional para Independência Total de Angola (Unita). O legislativo é unilateral-Assembléia Nacional, com 223 membros eleitos por voto direto para mandato de 4 anos. A constituição está em vigor desde 1975.

A economia desta nação encontra na agricultura, café (5,3 mil t), cana-de-açúcar (290mil t), mandioca (2,3 milhões de t), milho (369,5 t), batata doce (190 mil t), (1997).

Pecuária: bovinos (3,55 milhões), suínos (830 mil), ovinos (250mil), caprinos (1,5 milhão, aves (6,5 milhões) (1997)).

Pesca: 80,7 mil t (1995)

Mineração: diamantes (2,5 milhões de quilates), petróleo (259,15 milhões de barris) (1996).

Indústria: extração e refino de petróleo.

Parceiros comerciais: Portugal, Alemanha, Holanda (Países Baixos), EUA, França, Reino Unido.

Relações Exteriores
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA, SADC.

Angola, como a maioria dos países africanos – por que não dizer do mundo? – é composta hoje de uma diversidade de povos ou nações. Por nações aqui queremos designar todo e qualquer agrupamento de pessoas que são ligados por laços históricos, culturais, econômicos e lingüísticos. O nosso conceito de nação aqui é antropológico e não simplesmente político como geralmente se designam os países, Estados políticos ou Estados-Nações como a nação brasileira, a nação angolana etc.

Desses grupos étnicos, havia também reinos importantes como o Reino de Ndongo e o Reino de Kongo entre tantos outros reinos e grupos importantes na história de Angola, muitos desses reinos e a maioria dos povos que ocupavam o atual território angolano, portanto, é formada de Bantu (1). A extensão territorial dos bantos começa um pouco acima da linha do equador até o sul do continente (atual território da República da África do Sul). É importante lembrar que embora seja a maioria nessa região, os bantos nunca foram e atualmente também não são o único grupo etnolinguístico que habita essa região. Pelo contrário, os povos banto conquistaram a área em que vivem atualmente na região suis () dos continente dos bosquímanos e hotentotes. Isso aconteceu a muitos anos antes de os portugueses descobrirem Angola no final do século XV. Esses primeiros habitantes dessas terras – os bosquímanos e hotentotes – habitam agora no extremo sul de Angola. Existem no território angolano cerca de cem (100) grupos étnicos, ou melhor, etnolinguísticos. Segundo os dados obtidos no censo de 1960, quando a população de africanos na então província portuguesa de Angola era apenas de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes, cerca de 70% (portentos) deles falavam, pelo menos, uma das quatro principais línguas, a saber: Umbundu, Kimbundu, Kikongo ou Chokwe-Lunda (geralmente conhecida como Chokwe ou quioco). Existem ainda em Angola outras línguas importantíssimas que são hoje consideradas como línguas nacionais. Entre elas podemos destacar o Ngangela (lê-se Nganguela) e Nyanela-Humbe. Quero ressaltar que as línguas acima citadas são línguas principais – e não simplesmente dialetos – como são vulgarmente chamadas devido à ignorância ou falta de informação precisa nessa matéria. Essa língua, sim, por sua vez, tem outras línguas que delas são derivadas. Este, sim, pode ser considerado como dialetos das línguas acima citadas.

O maior grupo etnolinguístico em Angola é o povo Ovimbundu. Este grupo de fala Umbundu habita na sua maioria o planalto central de Angola. A maior cidade nesta região é Huambo (antigamente chamada de Nova Lisboa, que por sinal sofreu muito as conseqüências da guerra civil angolana). Depois vem o grupo dos Kimbundu seguidos pelos bakongo. O grupo Chokwe-Lunda encontra-se na quarta posição, seguida pelos Ngangela e Nyanela-humbe, respectivamente.

Grupos já tinham entre si uma organização sociopolítica e econômica significativa antes mesmo da chegada dos europeus no seu território.

Desde o fim do colonialismo português o país é devastado pela guerra civil que já matou 1 milhão de pessoas e a guerra continua fazendo vítimas indiretas com as minas explosivas ainda existentes no solo angolano (mais de 12 milhões de minas segundo estimativas da ONU e da Cruz vermelha), comparando esses dados com o número de habitantes do país hoje 13 milhões seria no entanto aproximadamente uma mina explosiva para cada habitante de angola, estradas e ferrovias estão destruídas. Várias tentativas de pacificação foram feitas, mas nenhum acordo de paz na prática não se concretizou até a morte, em fevereiro de 2002, de Jonas Savimbi líder da Unita, partido de oposição.

Até o contato com os portugueses no século XV, a região era habitada por tribos por povo nômade, criavam animais e pagavam tributos ao Reino do Congo. A colonização portuguesa funda cidades, como Luanda, em 1576, e Benguela, em 1617, que servem de base para o comércio de escravos. Entre os séculos XVI e XIX, em torno de 3 milhões de africanos são enviados como escravos para o Brasil. Explorando rivalidades tribais, os portugueses expandem seus domínios. As fronteiras oficiais são estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que define a partilha da África entre potências européias.
Mungueno,
kwzedywa

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